Revê-se nesta descrição? Então, é melhor já ficar avisado: parece que faz parte dos 6% dos internautas que se sentem dependentes do meio online. A verdade é que um em cada 15 utilizadores, a nível mundial, é completamente viciado na Internet e nem consegue sobreviver sem a possibilidade de ter acesso a milhões e milhões de páginas de entretenimento, de informação e de dados científicos. 
Estas conclusões foram retiradas de um estudo desenvolvido por duas investigadoras da Universidade de Hong Kong, na China, que quiseram analisar os níveis de prevalência da dependência da Internet nos internautas, com base em 89.281 inquéritos de utilizadores oriundos de 31 países. Portugal não faz parte da lista.
Para além dos resultados já apresentados, há outros dados interessantes. Por exemplo, existem regiões do planeta em que este vício típico do novo século é mais predominante. Vejamos o caso do Médio Oriente, cujos níveis de dependência atingem os 10%. Ou seja, são superiores aos 6%, que correspondem à média global apurada, havendo um «ciberviciado» em cada dez utilizadores, para o qual deve ser um autêntico sacrifício entregar o seu «amado» equipamento numa loja de reparação de computadores.
Dependência online influencia directamente a vida real
Nos antípodas do Médio Oriente, situam-se os países do Norte da Europa: afinal de contas, nestas regiões, somente 2.8% dos internautas são considerados dependentes da navegação online.
Tal como acontece com outros vícios, a ciberdependência é um caso sério. É que acaba por influenciar directamente alguns aspectos importantes da vida real de quem sofre desta doença psicológica. Eis uma das relações mais óbvias e inevitáveis: quanto mais são as dificuldades que um determinado indivíduo tem para enfrentar o mundo real, maior é o grau de dependência. O pessimismo também é um factor importante para este refúgio num universo virtual.
A destacar ainda as informações de um estudo recente que se centrou no nosso país, realizado pela Unidade de Intervenção em Psicologia do Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
Segundo esta investigação, a dependência da Internet – que causa uma séria angústia quando se entrega um equipamento num centro de reparação de computadores – é um fenómeno que, neste momento, consegue atingir cerca de 70% dos jovens em Portugal, o que representa quase três quartos desta população. Aliás, o trabalho assegura que 13% dos casos são mesmo graves e até têm sérias consequências, como comportamentos violentos ou isolamento (descritos pelos pais), exigindo-se tratamentos urgentes.
Fonte: TeK - Sapo
