A reparação de telemóveis e o meio ambiente
Como empresa de reparação de telemóveis no Barreiro, uma questão que nos é frequentemente colocada é: vale a pena arranjar o meu telemóvel?
A elevada cadência de novos lançamentos leva a que muitas pessoas decidam simplesmente comprar um equipamento novo, em vez de procederem a uma reparação que, em muitos casos, seria mais económica que uma aquisição. Este hábito com cada vez mais presença coloca por seu turno novos problemas ambientais, uma vez que o número de telemóveis descartados tende a crescer e, com isso, acumulam-se componentes e químicos nocivos para o ambiente. Os consumidores não têm muitas vezes a noção de que quando entregam o seu equipamento a uma empresa de reparação de telemóveis no Barreiro ou qualquer uma zonas da Grande Lisboa e arredores, estão efetivamente a contribuir para proteger o ambiente.
Por vezes, até optamos por um equipamento novo que vem com predicados de amigo do ambiente, mas o estrago já está feito, e o anterior já faz parte de um problema gigante a resolver em termos de reciclagem e proteção ambiental.
É por isso que de vez em quanto surgem ideias como o Fairphone, um telemóvel modular e configurável que promete ser amigo do ambiente e da justiça social. Claro que em muitos aspectos, este telemóvel representa más notícias para qualquer empresa de reparação de telemóveis.
Fairphone 2, um telemóvel ecológico e fácil de reparar
As empresas de reparação de telemóveis e de estudos de mercado estimam que os telemóveis são substituídos a cada dois anos, e isso não era diferente no caso do primeiro Fairphone. Apesar de representar um grande esforço na direcção de respeito pelo meio ambiente e protecção dos direitos humanos, procurando não obter componentes com minerais de sangue, o Fairphone ainda era propenso a substituição e avarias. Minerais de sangue, claro, são os minerais extraídos em zonas de guerra e trabalho escravo onde os trabalhadores não recebem devida compensação pelo seu trabalho.
Mas o Fairphone 2, recentemente apresentado, é o primeiro smartphone totalmente desenhado pela empresa, e apresenta como grande novidade o seu desenho totalmente modular, o que permite torná-lo à prova de futuro. Módulos como a câmara ou o ecrã podem ser simplesmente atualizados através de módulos melhores que podem ser adquiridos do próprio fabricante.
Além do desenho modular, o Fairphone 2 pode verdadeiramente poupar visitas a centros de reparação de telemóveis no Barreiro, pois poucos dos seus componentes são soldados ou colados, facilitando uma reparação caseira com apenas umas pinças e chaves de fendas. Por isso, se sofrer uma queda que quebre o ecrã, ou o leitor de cartão de memória deixar de trabalhar, o próprio dono do equipamento pode resolver o assunto pelas próprias mãos.
Para a Fairphone, a nova iteração do seu telemóvel é modular precisamente por considerarem que esse passo é fundamental para proteger o meio ambiente, consciente como está a empresa, de que no mercado atual se assiste a um certo facilitismo na troca de equipamentos simplesmente porque chegam novidades ao mercado, muitas vezes com ganhos marginais de desempenho.
Ao mesmo tempo, o compromisso da empresa é que os metais necessários para o Fairphone 2 são provenientes de uma zona sem conflitos na República Democrática do Congo e os lucros ajudarão a financiar um fundo de assistência gerido por trabalhadores na China e uma central de reciclagem de lixo electrónico no Gana. O grande problema deste humanismo é que o Fairphone 2 tem um preço de cerca de €525, algo próximo de um topo de gama.
Claro que não é um equipamento lento, com os seus 2GB de RAM e processador Qualcomm Snapdragon 801. O armazenamento são 32GB, e a câmara uma unidade de 8MP, além de conectividade dual SIM. Não está nada mau, por um telemóvel feito para não criar injustiças sociais, e que - se tudo correr bem - daqui a alguns anos ainda continuará a ser moderno.
Será que no futuro ainda necessitará de lojas de reparação de telemóveis no Barreiro? Para já sim, e nunca substitua o seu telemóvel sem primeiro perceber se o ganho o justifica: o meio ambiente e a carteira agradecem.






















